quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

CEF 104% Solidário

No dia 24 de novembro, sábado, fizemos uma visita à FALE (Fraternidade Assistencial Lucas Evangelista), com o objetivo de levar a doação de mantimentos arrecadados em campanha, pelos alunos da escola.

Mais que uma aula de reposição diferente, a visita àquela instituição que acolhe pessoas vivendo com o vírus HIV/AIDS ou Doenças Incuráveis, nos proporcionou uma lição de vida. Seguem alguns depoimentos dos alunos:

"É muito triste ver que existem várias pessoas com AIDS e que foram abandonadas";

"Como eles são felizes, mesmo tendo AIDS!";

"É bom doar alimentos para pessoas que precisam de ajuda e é bom ver a alegria das crianças";

"O lugar é muito bonito. As pessoas são bem legais e gostam de receber visitas";

"Nunca devemos fazer loucuras, como fazer sexo sem camisinha e usar drogas injetáveis";

"Nem todas as pessoas conseguem se proteger contra a AIDS".

Naquela manhã, passamos algumas horas conversando com pessoas que sobreviveram com muito pouco e que encontraram no Dom da vida, o motivo para celebrar, pois a morte é uma  ameaça constante. Ouvimos algumas de suas histórias e difíceis experiências de vida que antecederam à vida em comum, que hoje desfrutam. História de dor, sofrimento, abandono, falta de apoio e cuidado que necessitavam.

A FALE tornou-se o lugar de apoio e acolhimento. Ali partilham da amizade e cuidado mútuos, além do espaço físico e alimento. Muitos moradores daquela comunidade passam meses sem nenhum tipo de contato com as famílias de origem.

Nos últimos dois anos, a média de pessoas, atendidas gira em torno de 200, entre homens, mulheres e crianças contaminadas com o vírus HIV/AIDS. O trabalho é mantido por doações, sendo os medicamentos que utilizam, o único apoio que recebem do governo. Os voluntários desempenham um papel fundamental no dia a dia das pessoas que moram ali e são carentes de tudo, principalmente de amor e atenção.

A FALE ocupa a mesma localidade há 20 anos, e agora, nos últimos dias, estão lutando para manter suas instalações, pois o governo deseja retirá-los de lá, para construir casas populares. Além de muitas dificuldades que possuem, agora estão também lutando para a manutenção do espaço físico que ocupam.

Fomos fazer uma doação e saímos abastecidos com experiências e lições de vida, amor, companheirismo, simplicidade partilhadas por eles.

Fica o contato e o convite para quem quiser doar-(se) - a esta ou outra instituição. Você verá que o maior beneficiado será você mesmo!